Mantém-se a luta <br>na Soares da Costa
Para exigirem o pagamento dos salários em atraso, os trabalhadores da Soares da Costa voltaram a manifestar-se na sexta-feira, dia 15, tal como tinham decidido no final da deslocação a Lisboa, no dia 12 – quando realizaram uma manifestação, do Areeiro à Praça de Londres, uma concentração no Ministério do Trabalho e, em seguida, uma passagem pela delegação da empresa na capital, onde conseguiram ser recebidos por um administrador.
Desta vez, cerca de cem trabalhadores estiveram durante a manhã no Porto, junto à obra do hotel Monumental, na Avenida dos Aliados, exibindo cartazes em várias línguas, para os turistas conhecerem os motivos do protesto.
«Decidimos vir hoje para a frente da obra que a Soares da Costa tem em curso, para dar visibilidade pública à luta pelos ordenados em atraso que, em Portugal, vai de três a cinco meses» e «em Angola vai até oito meses», explicou José Martins à agência Lusa. «É dramático, porque o desespero já começa a tomar conta de nós, há trabalhadores que já meteram baixa psiquiátrica e outros que meteram baixa médica por nem sequer terem dinheiro para ir trabalhar», disse o dirigente da Comissão de Trabalhadores da Soares da Costa e do Sindicato da Construção de Viana do Castelo e Norte (da Feviccom/CGTP-IN).
Numa iniciativa que envolve igualmente o SITE Norte (sindicato da Fiequimetal/CGTP-IN), a luta dos trabalhadores prosseguiria ontem, de manhã, com uma concentração junto à sede da Soares da Costa, em Vila Nova de Gaia.